12 possíveis fatores por trás do diabetes

Conheça as principais causas do diabetesFatores por trás do diabetes Clube do Diabetes

O diabetes tipo 2 é uma condição silenciosa que só tem crescido nos últimos tempos, mesmo com o avanço da medicina. Isso faz necessário conhecer quais são os fatores que iniciam seu desenvolvimento, mais do que nunca.

Além de existirem tipos diferentes da doença, ela pode ser adquirida com o tempo e a ciência ainda não tem uma causa definida para ela. Mas isso não significa que não existam pesquisas que tentem explicar de onde vem o distúrbio.

Até onde é fato científico, não existe somente uma causa para o desenvolvimento do diabetes. Contudo, assim como o crescimento de tumores, ainda que a causa não esteja isolada, existem padrões de comportamento e alimentação que estão comprovadamente relacionados.

Vamos explicar cada um desses fatores, até onde a ciência pode comprovar!

Abuso do sal

Uma pesquisa feita na Instituto Karolinska, na Suécia, relacionou o consumo exagerado de sal com o desenvolvimento de diabetes tipo 2. Foram avaliadas 1.136 pessoas com diabetes tipo 2 e 1.379 pessoas saudáveis. O resultado: os indivíduos que ingeriram altas doses de sódio (mais de 3,15 gramas por dia) apresentaram um risco 72% maior de desenvolver a doença em comparação àqueles que não consumiram além de 2,4 gramas.

A dose recomendada de sódio por dia é 2,3 gramas – o que dá 5 gramas de sal. Os pesquisadores entendem que o mineral influencia na capacidade de absorção da insulina, e por isso o diabetes acaba se desenvolvendo em quem exagera nas comidas salgadas.

Carne vermelha

O consumo exagerado de carne vermelha – mas não só, as carnes escuras do frango, como a coxa e sobrecoxa também – está associado ao desenvolvimento do diabetes. O provável motivo para isso é a presença de uma substância chamada ferro-heme. “Ele pode se acumular no pâncreas, afetando a produção de insulina”, conta a pesquisadora Koh Woon Puay, da Universidade Nacional de Cingapura.
No caso da carne, outras substâncias estariam envolvidas, como as gorduras saturadas e os produtos de glicação avançada, que se formam ao tostar o bife.

Por outro lado, não é recomendado cortar a carne completamente da nossa alimentação. Os médicos costumam indicar que o consumo seja revezado com o peito de frango e os peixes.

Stress

Muita calma nessa hora. Sim, o stress também é um dos motivos para o desenvolvimento de diabetes. Esse é só mais um dos motivos para aprendermos a controlar nossa ansiedade.

Este estudo feito por pesquisadores da Universidade de Newcastle, da Austrália, fez a conexão entre o distúrbio hormonal e o stress. Foram investigadas 12.338 mulheres, convidadas a relatar quão estressadas se sentiam em diversos âmbitos (financeiro, amoroso…) durante 12 anos. Cruzando essas impressões com a taxa de diagnósticos de diabetes, os estudiosos viram que a tensão moderada ou alta aumentava o risco de a doença ser diagnosticada.

A ansiedade aumenta a produção de adrenalina e cortisol, que são hormônios que atrapalham a função da insulina, daí é que vem a relação entre os dois.

Aquecimento global

Inacreditável, não é? Mas os pesquisadores da Universidade de Leiden, na Holanda, calcularam que a elevação de 1 °C na temperatura do planeta responderia por mais de 100 mil novos casos de diabetes nos Estados Unidos a cada ano.
Isso porque temos, em nosso corpo, diferentes tipos de gordura. A chamada gordura marrom, ao contrário da branca, é responsável por gastar energia. Ela é ativada em um clima mais frio. Com a temperatura mundial aumentando gradativamente, nossa perda de peso também sofre influência e perde velocidade.

Exposição à poluição

Esse é mais um motivo para investirmos em soluções menos poluentes. A epidemiologista alemã Kathrin Wolf, do Helmholtz Zentrum München, teve sucesso ao relacionar a poluição do ar à resistência à insulina, principalmente para quem tem pré-diabetes.

Isso acontece porque os poluentes que respiramos provocam processos inflamatórios em nosso organismo. Estes, por sua vez, dificultam o trabalho da insulina.

Uma boa ideia é colocar plantas dentro de casa, para reduzir nossa inalação de poluentes em ambientes fechados. Muitos não sabem, mas a maioria dos produtos de limpeza encontrados no mercado liberam gases tóxicos, que ficam no ar interno. As plantas fazem a filtragem desses poluentes. Mas atenção: elas precisam ter raízes. Plantas em vasos de água não filtram o ar, porque as substâncias poluentes são utilizadas justamente no crescimento de suas raízes.

Sedentarismo

Este fator não é uma surpresa. O sedentarismo está associado a uma lista enorme de ameaças à saúde. Combinado a uma dieta desequilibrada, o sedentarismo leva ao ganho de peso, seguido da obesidade, que é o principal vilão quando o assunto é o diabetes tipo 2.

Mesmo que não haja ganho de peso, o exercício físico ajuda no controle da glicemia. Por isso, ainda que o diabetes não tenha se desenvolvido, ficar parado nunca é bom. A prática de exercícios traz inúmeras vantagens à saúde e o interessante é que seja incentivada desde a infância.

Desequilíbrio no intestino

Você com certeza já ouviu falar que nosso intestino é repleto de bactérias. Isso é normal e saudável. E mais: precisamos cuidar dessas bactérias, já que, se desbalanceadas, podem provocar uma lista enorme de problemas.

Em sua tese de doutorado, o Dr. Bruno de Melo Carvalho, da UNICAMP, provou que camundongos geneticamente protegidos contra a doença perdiam essa blindagem natural quando sua microbiota era propositadamente desbalanceada. De acordo com o endocrinologista Mário Saad, orientador do trabalho, a composição desse ambiente afeta até o tratamento do diabetes.

Para evitar esse problema, é interessante ter uma dieta rica em fibras e nunca usar antibióticos sem orientação médica.

Falta de vitamina D

O Dr. Michael Holick, professor da Universidade de Boston, nos EUA, é autoridade mundial em pesquisas sobre a vitamina D e encontrou relações íntimas entre o desenvolvimento de diabetes tipo 2 e a deficiência da vitamina no organismo.

Publicada em 2008, com a participação de outros cientistas, a pesquisa do endocrinologista provou que a deficiência de vitamina D no sistema causa aumento no hormônio produzido pela glândula paratireóide. Isso intensifica a resistência à insulina, aumentando o nível de glicose no sangue.

Por isso, não fique dentro de casa o dia inteiro. É importante tomar sol diariamente para garantir o volume da vitamina D no sangue!

Depressão

A depressão é um estado emocional e químico. Por isso, ela influencia nos nossos hormônios e acarreta em dificuldades para absorver a glicose dos alimentos. Além disso, os medicamentos de controle da doença também podem causar problemas na ação da insulina no organismo.

Estar em um estado de depressão também leva a outras questões que podem influenciar no diabetes.

“Esse paciente provavelmente se exercita menos. E, com pouca energia, acaba mais suscetível a ganhar peso”, exemplifica a psiquiatra Luciana Pires, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Atualmente, 400 milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo. Por isso, é essencial que o distúrbio seja tratado com seriedade, tanto pelos pacientes, quanto pelos profissionais adequados, dada a devida orientação para que a depressão não acarrete outros problemas.

 

Falta de sono

Não aproveitar boas noites de sono também é um problema que pode acarretar outras questões. Assim como define a Dra. Sônia Togeiro, do Instituto do Sono, em São Paulo, “dormir pouco é como estar submetido a uma condição de estresse.” Ou seja, não importa se a privação é intencional ou patológica (insônia), ela propiciará a liberação de hormônios que servem de obstáculo para a insulina cumprir sua função.

A especialista também afirma que o oposto é verdadeiro. Ou seja, dormir bem ajuda na produção de substâncias que protegem contra o diabetes.

Por isso, tente ter hábitos saudáveis e colocar regras para suas horas de descanso. Não deixe a televisão ligada para dormir. Isso vai atrapalhar o estado profundo de descanso, a fase R.E.M., na qual ocorrem os sonhos mais vívidos.

Sônia nota ainda que formas moderadas e graves de apneia, distúrbio marcado pela interrupção da respiração durante o sono, também se associam à doença. São bons motivos para dar fim às noites tumultuadas.

Ovários policísticos

A síndrome do ovário policístico é um distúrbio hormonal que causa um aumento no tamanho dos ovários, com pequenos cistos na sua parte externa. Bastante comum, a síndrome afeta 2 milhões de mulheres por ano no Brasil e 80% das portadoras apresentam resistência à insulina.

Os seus sintomas incluem o aumento nos níveis de testosterona, irregularidade menstrual, acne, excesso de peso e por aí vai. Estas são características que merecem ser investigadas justamente para a síndrome não passar batida – e, com ela, as altas taxas de açúcar no sangue.

Hepatite C

A Hepatite C é outra doença silenciosa, assim como o diabetes. Ela afeta cerca de 150 mil brasileiros por ano, mas 85% dessas pessoas não estão cientes. Causada por um vírus que pode ser transmitido por meio de ações cotidianas, como manicure, tratamentos dentários e tatuagens, os indivíduos infectados não estão alertas porque a maioria dos casos não envolve sintomas!

Mas a sua relação com o diabetes é íntima: a presença do agente infeccioso aumenta em quatro vezes a probabilidade de um indivíduo se tornar diabético. “Ele desencadeia algumas alterações no organismo que fazem com que a insulina não trabalhe direito”, ensina o endocrinologista Luiz Turatti, presidente da SBD.

Por isso, a importância de realizar testes periodicamente. O teste para flagrar o vírus é rápido, indolor e está disponível no Sistema Único de Saúde. Definitivamente não tem por que correr esse risco.

Todas essas condições, não só importantes para o controle e prevenção do diabetes, são fatores que devem ser evitados, por todas as pessoas. Então, cuide com atenção de cada um desses fatores para não correr riscos desnecessariamente!

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