Diabetes canino: conheça as causas, os sintomas e o tratamento

É dono de um peludo? Veja mais sobre o desenvolvimento do diabetes canino, sua prevenção e tratamento

Já ouviu falar em cães que desenvolvem diabetes? Sim, isso existe e atinge um a cada 100 cachorros com mais de 12 anos. Por isso, sempre precisamos ficar atentos a mudanças de comportamento e sinais de sintomas.

Como os nossos cãezinhos estão entre as coisas mais importantes nas nossas vidas, muitas vezes levamos a saúde deles com muito mais seriedade do que a nossa própria! Sem julgamentos, porque a pessoa que está escrevendo este artigo não é diferente…

Para entender mais detalhes sobre o distúrbio, como ele se desenvolve e como é feito o tratamento, o médico veterinário Dr. Marcelo Lopes vem esclarecer algumas das nossas dúvidas. Marcelo é dono da clínica Pet do Cebola, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.

Como se desenvolve

Assim como nos tipos de diabetes encontrados em pessoas, o diabetes canino também é uma deficiência de insulina no sistema e é dividida em tipo 1 e tipo 2. O que acontece é que o organismo deles não consegue transformar a comida que você coloca no potinho em energia e as taxas de glicose no sangue crescem.

Marcelo explica que a ocorrência de diabetes em cães é bem parecida com a de humanos. “As causas ainda não estão exatamente definidas, mas pode ocorrer por uma falha na produção de insulina ou então por uma deficiência do organismo de utilizar o hormônio da melhor forma.”

Ele concorda com outros veterinários quando o assunto é o aumento do número de casos diagnosticados. Isso não significa que anos atrás a doença atingia menos cachorros, mas a preocupação com a saúde dos animais é muito maior, por parte dos donos, do que era antes. Por isso, as consultas veterinárias são mais frequentes e o diagnóstico segue o mesmo padrão

Porém, o veterinário não descarta a importância da tecnologia: “hoje em dia, a gente consegue diagnosticar muito melhor porque tem meios de diagnóstico muito mais avançados do que alguns anos atrás”.

Predisposição ao diabetes

O diabetes tem duas vezes mais chance de ocorrência em fêmeas do que em machos, mas as causas para isso ainda não foram definidas. Além disso, algumas raças também apresentam maior probabilidade de desenvolver a doença: Schnauzer miniatura e standard, Poodle, Bichon frisé, Fox Terrier, Terrier australiano, Teckel, Beagle, Pinscher miniatura, Golden Retriever, Samoieda, Keeshond, Maltês, Lhasa Apso e Yorkshire Terrier.

Sintomas

Os principais sinais aos quais devemos ficar atentos, para prevenir maiores problemas aos nossos peludos, são:

  • Consumo excessivo de água;

  • O animal continua comendo normalmente, mas ganha ou perde peso – dependendo do tipo do diabetes;

  • Cansaço;

  • Produção excessiva de urina.

Tratamento

Como o distúrbio aparece de formas diferentes para cada cãozinho, o tratamento do diabetes é tão personalizado para eles quanto é para os humanos. Isso significa que não são todos os casos que se faz necessária a aplicação de insulina.

“Nada existe receita de bolo.”, diz Marcelo. “A gente dosa a quantidade necessária de insulina para o animal, sempre partindo de uma dose mínima até o ponto em que você consiga regular.”

Além disso, nem sempre a doença é tratada somente com o uso do hormônio. O veterinário comenta que, às vezes, é necessário fazer o controle de triglicérides, por exemplo. “Nesses casos, a gente entra com outros medicamentos para fazer o controle das outras gorduras que também podem influenciar no diabetes.”

O tratamento é feito basicamente com medicamentos e ajustes na alimentação. Quando questionado sobre a prática de exercícios, Marcelo recomenda: “é bom pra todo mundo, sempre precisa fazer!”.

Os ajustes na alimentação do animal também são personalizados. “Cada caso é um caso.”, explica o veterinário. “Depende muito do grau de avanço da doença, mas pode ser desde uma dieta alimentar caseira, com outras fontes de proteína, até mesmo rações específicas que existem hoje em dia para tratamento de diabetes.”

Complicações

É claro que qualquer tipo de ameaça à saúde dos nossos bichinhos deve ser tratada com atenção. Mas o diabetes, se não controlado, pode levar a uma série de complicações.A mais comum entre elas, presente em 80% dos casos diagnosticados, é o surgimento da catarata e eventual perda de visão.

Isso acontece porque o excesso de glicose presente no cristalino dos olhos, devido à hiperglicemia, provoca um aumento da quantidade de água no cristalino. As fibras da lente então se quebram e tornam-se turvas.

Outras complicações menos frequentes, mas ainda preocupantes, são: pressão arterial alta, a uveíte (inflamação dos olhos), doenças renais e aterosclerose (endurecimento das artérias).

E aí, seu peludo está se comportando normalmente? Esperamos que sim, mas senão, é legal dar uma passadinha no veterinário!


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