Início do check up de fim de ano – PARTE 1

Segunda feira passada ( dia 03 de dezembro) realizei, pela primeira vez na vida, a Colonoscopia* que, a pedido da Gastro, deveria ser com internação, em função do Diabetes.

Para quem não conhece este exame ( veja ao final do texto maiores detalhes) , antes de sua realização deve-se fazer um preparo em casa, que varia um pouco de laboratório para laboratório.  Mas, para todos os casos, com internação ou não, no dia anterior é necessário tomar 2 comprimidos de Dulcolax e fazer uma dieta líquida, sem muito condimento, corantes, entre outros.

O meu preparo foi horrível, porque no dia anterior ( no sábado) eu não havia me alimentado muuuito bem, e acordei no domingo me sentindo um pouco fraca. Imaginem passar o dia só com sopa, agua de coco, sucos, pure de batata e 2 ovos cozinhos.Minha pressão foi lá para o chão, eu fiquei meio mal o dia todo, o pouco que saí durante a manhã foi o suficiente para querer ficar em casa o resto do dia.

No meu caso, como sou super constipada, o Dulcolax não fez efeito algum, e, ao entrar em contato com o Laboratório, me informaram que o processo de esvaziamento seria feito no hospital mesmo.

Na segunda feira estava eu lá as 06h00 da manhã, com um taxi super animado cantando a super chata e melosa musica do Roberto Carlos ( Esse cara sou eu, socorro), e fui internada. Logo na entrada do quarto me deram 4 copos de Manitol ( esse sim faria toda a limpeza) e me informaram que até as 09h00 eu poderia beber liquidos ( depois, jejum total até as 12h30, hora do exame).

Fui super super bem atendida, foram bem atenciosos, levaram varias aguas de coco, suco de laranja, água….e aí nem precisa contar como foi o resto. Só sei que toda aquela situação constrangedora se passou com a Aline com soro na veia a partir das 09h00.

Se eu não estivesse com uma equipe tão legal,e com a Dona Mari Helena Peach ( mamãe)  acho que teria enlouquecido, Com sono, fome, uma sede descomunal, quase chorei de desespero por um copo de água. Se uma pessoa normal já desidrata, imagine nós, diabéticos? Dai a razão do soro.Foram acho que uns 10 litros, entre eles alguns glicosados porque tive hipo após tentar corrigir uma glicemia de 230. Isso porque , para realizar este exame, não podemos tomar a insulina basal. Só apos o procedimento.

O exame em si é muito tranquilo, eu dormi, não senti nada, não vi nada, só acordei com a mamãe passando a mão na minha cabeça na sala de recuperação. No dia do exame é sempre aconselhável não ingerir alimentos pesados e hidratar bastante, porque ainda ficamos com sequelas em função da quantidade de medicamentos laxativos.

Fiquei de molho, não fiz nada, e incrível, na terça feira eu ainda estava meio “grog”. Pressão, baixissima, 8 x 5. Dormi quase o dia todo, não tive forças pra fazer muita coisa. Só fui voltar ao meu quase- normal na quarta.

E muitos devem estar se perguntando o porque deste  exame.

Primeiro, porque o histórico de câncer de intestino na minha família é grande, e próximo de mim foram minha avó materna e meu pai. Além disso, minha mãe e minha irmã tem alguns probleminhas que a médica queria checar se acontecia comigo. A minha irmã, para se ter uma idéia, chegou a ter ferimentos na parede do intestino por stress.

Segundo, porque há alguns anos atrás eu fazia uso de medicamentos como Cascara Sagrada, naturetti, Tamarine e ela ( a médica) explicou na consulta o que acontece com a parede do intestino com o uso frequente desses remédios. Também havia a necessidade de checar se havia lesões, pólipos….afinal, como a maioria das mulheres, eu também tenho o incomodo da prisão de ventre.

Pelo que olhei no resultado do exame, está TUDO  bem, nada de problemas, mas amanhã tenho consulta com a querida Dra. Regiane e vamos ver o que ela diz . E vou colocar aqui para todos lerem, dicas da Gastro.

Um problema que sei que temos, principalmente os diabéticos que tem muitos anos de estrada, como eu, é a Gastroparesia Diabética. Amanhã quero esclarecer algumas dúvidas aqui e comprtilharei no blog e no Face.

Abaixo, informações importantes sobre a necessidade de cuitdar também do nosso trato digestivo. Estomago, intestinos….você se preocupa com isso?

DIABETES ESTÁ LIGADO AO AUMENTO DE CHANCES DE CANCER DE CÓLON

Pessoas com diabetes têm maiores chances de desenvolver adenomas, um precursor do tumor no cólon, de acordo com um estudo feito por cientistas da Veterans Affairs Medical Center, em Nova York, e apresentado no American College of Gastroenterology. Segundo os pesquisadores, os resultados foram observados apenas em pessoas com diabetes do tipo 2 e a mesma relação ainda não pode ser feita com o tipo 1 da doença. 

Para realizar o estudo, os pesquisadores compararam o vídeo da colonoscopia de 278 pacientes com diabetes e de outras 278 pessoas livres da doença. Todos eles eram do sexo masculino e a média de idade entre os pacientes era de 65 anos. 

Os pesquisadores descobriram que 29% dos pacientes com diabetes tinham pelo menos um adenoma identificado pela colonoscopia, comparado com 20% dos pacientes que não tinham resistência à insulina. Além disso, entre os pacientes que apresentaram adenomas, os portadores de diabetes apresentavam casos mais avançados e mais espalhados. 

Mesmo que a relação entre as duas doenças ainda seja incerta, os cientistas acreditam que a resistência à insulina, quadro presente no diabetes do tipo 2, esteja ligada a formação de adenomas no cólon. Pessoas com esse tipo de diabetes produzem insulina, mas não conseguem usá-la para quebrar a glicose no organismo, causando um acúmulo desse hormônio no sangue. Grandes quantidades de insulina no sangue promovem o crescimento de células, inclusive das cancerígenas. 

Segundo os pesquisadores, pessoas com diabetes devem fazer colonoscopia pelo menos duas vezes ao ano, após completar 50 anos, para prevenir que os adenomas sejam detectados em um estágio avançado, ou que já tenham virado câncer de cólon.  

Controle o diabetes !

Fazer mudanças no estilo de vida pode diminuir as chances de diabetes do tipo 2, diz um publicado no Annals of Internal Medicine. Segundo os cientistas do Blood Institute e do National Cancer Institute, nos Estados Unidos, cada novo hábito saudável, como praticar atividades físicas, fazer dieta e parar de fumar, reduz ainda mais o risco de desenvolver a doença. 

O estudo teve a participação de 200 mil pessoas, com idade entre 50 e 71 anos, que foram diagnosticadas com diabetes ou doença cardíacas. No período entre 1995 e 1996, o comportamento dos participantes foi observado, assim como os fatores de risco para desenvolver diabetes. 

Os autores da pesquisa dividiram os participantes em dieta, peso, atividade física, tabagismo e consumo de álcool. Eles descobriram que as pessoas que controlaram pelo menos um dos fatores de risco tiveram uma diminuição de até 31% contra diabetes. Além disso, os indivíduos que controlaram todos os cinco fatores tiveram uma proteção de até 81%.  

GASTROPARESIA DIABÉTICA

A gastroparesia ou atraso do esvaziamento gástrico é um transtorno no qual o estômago demora demasiado tempo para esvaziar seu conteúdo.

Aparece com freqüência nas pessoas com diabetes tipo 1 ou tipo 2.

 Gastroparesia: O que é e como cuidá-la?

 A gastroparesia se desenvolve quando se lesam os nervos do estômago.

O nervo vago controla o movimento da comida ao longo de todo o trato digestivo. Se esse fica lesado devido a neuropatia autonomica, o nervo vago, os músculos do estômago e do intestino não trabalham normalmente e o transporte da comida se retarda ou se detém completamente.

O diabetes pode lesar o nervo vago se os níveis de glicose no sangue (açúcar no sangue) permanecem elevados durante um longo período de tempo. Os níveis elevados de glicosa no sangue causam mudanças químicas nos nervos e lesam os vasos sanguíneos que transportam o oxigênio e os nutrientes aos nervos.

 Sintomas

 Os sinais e sintomas da gastroparesia são os seguintes :

  • Acidez
  • Náuseas
  • Vómitos de comida não digerida
  • Sensação de plenitude gástrica pouco depois de começar a comer
  • Inchaço abdominal
  • Níveis de glicose no sangue alterados
  • Falta de apetite
  • Refluxo gastroesofágico
  • Espasmos na parede do estômago

 Estes sintomas podem ser leves ou graves, dependendo de cada pessoa.

 Complicações da gastroparesia

Se a comida permanece longo tempo no estômago pode produzir um grande crescimento das bactérias da flora intestinal por causa da fermentação dos alimentos.  

Assim mesmo, os alimentos podem endurecer-se para formar massas sólidas, que podem causar náuseas, vómitos e obstrução gástrica. Isto é perigosos porque pode chegar a bloquear a passagem dos alimentos para o intestino delgado.

A gastroparesia também pode atrapalhar o tratamento do diabetes ao aumentar a dificuldade para controlar a glicose no sangue. Quando os alimentos chegam ao intestino delgado e são absorvidos, os níveis de glicose no sangue aumentam.

Já que a gastroparesia torna imprevisível o esvaziamento gástrico, os níveis de glicose no sangue da pessoa ficam alterados e difíceis de controlar

Tratamento

O principal objetivo do tratamento da gastroparesia relacionada com o diabetes é a manutenção do controle dos níveis de glicose no sangue.

No tratamento se incluem:

mudanças na freqüência e dose de administração da insulina, medicamentos por via oral, modificações em relação a quando e como comer e, nos casos mais graves, a alimentação através de sonda nasogástrica ou por via intravenosa (nutrição parenteral).

É importante assinalar que na maioria de casos não existe cura para a gastroparesia, que geralmente é uma doença crônica.

O tratamento ajuda a controlar a doença no sentido do paciente se encontrar o cômodo possível.

FONTE: National Institute of Diabete and Digestive and Kidney Diseases (NIDDK)  / Portal Diabetes

*A videocolonoscopia é um exame que permite analisar o intestino grosso e, eventualmente, a parte final do intestino delgado (íleon). Na videocolonoscopia total é analisado todo o intestino grosso, ou seja o recto, o cólon sigmóide, o cólon descendente, o cólon transverso, o cólon ascendente e o cego.  


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