Uso de remédios de diabetes tipo 2 para emagrecer

Entenda por que o uso indevido de remédios para diabetes não é uma opção responsávelUso de remédios de diabetes para emagrecer

É surpreendente, mas muitas pessoas têm usado remédios para o controle do diabetes tipo 2 para emagrecer. Seguro ou não, eficaz ou não… a prática de automedicação é frequente, mas perigosa. É por isso que trouxemos algumas informações essenciais para as dúvidas sobre este hábito acabar de uma vez por todas!

A eficácia na perda de peso

Os remédios destinados ao controle do diabetes tipo 2, como o Glifage, Metformina, Victoza, estimulam a produção de insulina e o equilíbrio da glicemia. Eles têm sido utilizados por quem quer perder peso. Isso porque a fórmula também age no sistema nervoso central, estimulando o neurônio responsável pela nossa sensação de saciedade.

“A droga ainda interfere no funcionamento do trato digestivo, reduzindo o esvaziamento gástrico”, afirma a endocrinologista Rosana Radominski, da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica). “Com isso, pessoas com diabetes que tomam o medicamento sentem menos fome e acabam perdendo peso. O estômago permanece cheio por mais tempo”, explica.

O que dizem os especialistas

Existem médicos que têm receitado esses medicamentos para o tratamento da obesidade. Porém, eles estão assumindo riscos desconhecidos até pelos fabricantes. Uma vez que ainda não existem estudos sobre a ação da droga em pacientes com taxas elevadas de glicose no sangue.

Um dos efeitos das substâncias é impedir a reabsorção da glicose filtrada pelos rins. Dessa maneira, a urina fica com altas concentrações de açúcar. O nefrologista Artur Beltrame, presidente e professor titular da Fundação Oswaldo Cruz, comenta em entrevista que essa classe terapêutica representa a mais recente inovação no tratamento oral do diabetes tipo 2, mas com algumas ressalvas.

O nefrologista diz que a primeira regra para iniciar o tratamento com os medicamentos é estar com a função renal em perfeitas condições. Mas ele deve, preferencialmente, ter em torno de 65 anos, com sobrepeso ou obesidade e hipertensão.

Artur afirma que o uso não é indicado para o paciente não diabético, dizendo que não vai funcionar para emagrecer. “A pessoa vai gastar dinheiro à toa. Não há indicação para esse perfil de paciente porque a quantidade de glicose eliminada será pequena e não haverá perda significativa de peso”.

Aliás, outra questão importante é a dosagem. A ingestão de liraglutide (princípio ativo do medicamento) indicada para o emagrecimento é quase o dobro da sugerida para o controle do diabetes. “Ninguém analisou os riscos do medicamento nesta dosagem e, menos ainda, em obesos não diabéticos”, afirma a endocrinologista Rosana Radominski, presidente da Abeso.

Estudos clínicos realizados pela Anvisa, no entanto, mostram que hipoglicemia, dores de cabeça, náusea e diarreia são efeitos colaterais previstos. Bem como os mais raros: pancreatite, desidratação e alteração da função renal e da tireóide, incluindo a formação de papa no pescoço causada pelo aumento da glândula, também podem acontecer.

Cuidado com as consequências a longo prazo

Se ainda não foram suficientes os argumentos acima, a Anvisa também adverte que não são conhecidas as conseqüências do uso de longo prazo para esses medicamentos.

É importante gostar de si mesmo do jeito que você é! Não é nenhum pecado querer perder uns quilinhos, mas vamos combinar de não perder a saúde para isso? Muito pelo contrário! Sua perda de peso precisa ser responsável. Lembre-se, se for o caso de usar algum remédio para ajudar, que seja sempre acompanhada por um médico.


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